Assembleia de Deus CONAMAD
Lição 11 – 08 de março 2015
Revistaebd Revista escola bíblica
dominical editora betel conamad Passagem bíblica trecho bíblico bíblia como
estudar teologia bíblia escola dominical escola dominical betel escola biblica
betel escola bíblica betel escola dominical conamad auxilio professor ajuda
professor subsídio professor auxílio professor subsidio comentario ebd
comentário bíblico ebd professor mestre comentário biblico escola dominical
comentario biblico escola bíblica comentario bíblico pregação pregador palestra
estudo bíblico bíblico
Texto Áureo
“Sabendo Jesus
que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia
amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.” Jo 13:1
Pouco antes da festa da Páscoa (13:1), Jesus
encontrou-Se com os discípulos para fazerem juntos uma refeição. A viagem
saindo de Betânia naquele mesmo dia tinha sido por estradas empoeiradas e
acompanhada de uma pequena discussão.¹
Ao se reclinarem à mesa para comer naquela noite, não
haviam lavado os pés. Numa cultura em que se come deitado ao chão, apoiando-se
num cotovelo, os pés sujos da pessoa ao seu lado eram um sério incômodo! Havia
na sala uma bacia e uma toalha para se lavarem, mas nenhum servo para realizar
a tarefa. Consequentemente, começaram a refeição com a poeira do dia ainda nos
pés. Durante a refeição, Jesus se levantou, enrolou-se na toalha, derramou água
na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e secá-los com a toalha. Com
certeza, um silêncio desconcertante tomou conta do recinto enquanto Jesus ia de
um discípulo ao outro. Dentre todos que estavam ali, por que Jesus foi quem
lavou os pés de cada um?
Jesus estava fazendo muito mais do que limpar pés sujos
através daquele ato naquela noite. Ele estava preparando seus discípulos para a
sua morte e para a missão que eles deveriam realizar. Lavar os pés dos
discípulos era um prenúncio do sacrifício que ele logo faria na Cruz, da
purificação viabilizada pelo sangue de Jesus e dos valores completamente novos
do Reino de Deus. Jesus estava usando a ilustração física de lavar os pés para
ensinar aos discípulos a natureza do serviço cristão.
Jesus Lavou-lhes os Pés, “João: A Jornada
da Fé”, Bruce McLarty
¹ Nota: Mateus
20:20–28 e Marcos 10:35–45 indicam que a discussão sobre quem era “maior” entre
os discípulos aconteceu quando Jesus e seus seguidores iam para Jerusalém.
Verdade Aplicada
O crente
desenvolve uma vida espiritual baseada no Amor. Isso implica em fidelidade
duradoura como uma resposta à salvação recebida de Cristo pela sua maravilhosa
graça.
Textos de Referência
I Co 13:4-7
Introdução
Diferente da
lógica do Mundo (I Co 1:27 e 28), o Amor, um dos princípios do Reino de Deus,
norteou todas as decisões e atitudes de Jesus. Sendo ele nosso mestre por
excelência, aprendemos que esse preceito deve fundamentar nossas ações e
decisões em todos os aspectos da nossa vida (Mt 22:37). Sendo o Amor a base,
nossa fidelidade só terá valor se estiver embasada nele. É o que estudaremos
nessa lição.
1. Vivenciando as qualidades do Amor
O amor é uma
virtude pura e inspirada por Deus, de entrega, de dedicação, sem a obrigação da
reciprocidade. O amor genuíno não exige nada em troca. É dessa forma que somos
amados por Deus. Avaliemos então algumas das qualidades do amor:
Em elaboração
1.1 A paciência do Amor
É a capacidade
de suportar todas as pressões que podem se abater sobre os fiéis, aceitando
confiantemente as adversidades sem ressentimentos. Paulo ensinou que aqueles
que quiserem servir a Cristo com fidelidade sofrerão tribulações na carne (2Tm
3.12). Esse amor nos ajuda a lançar sobre Cristo todas as nossas ansiedades
(1Pe 5.7). O amor capacita o crente a suportar os danos causados por alguém,
sem buscar a retaliação e não permitindo que a amargura se aloje em seu
coração. Essa virtude do amor gera no crente, através do Espírito Santo, o
domínio próprio patente em Jesus, o nosso Mestre, que não abriu a Sua boca, mas
caminhou resoluto e fiel até o fim (Is 53.7; Mt 26.62).
Em elaboração
1.2 A confiança do Amor
É uma
dependência plena de Deus, que gera no crente uma capacidade de acreditar nos
Seus propósitos, levando-o a buscar uma vida de fidelidade. Significa ajustar
nossa vida ao que cremos e defendemos, ou seja, ao nosso Senhor Jesus e Sua
missão para nós. O ponto mais profundo da fidelidade é viver de acordo com o
que cremos e confiar no chamado de Deus. O amor nos leva a confiar plenamente
em Deus e não na capacidade humana (Jr 17.5, 7). Essa confiança é a
concretização da fé genuína em Deus, essencial à vida cristã. Sem fé é
impossível agradar a Deus (Hb 11.6). A confiança embasada no amor é também
manifesta nas nossas relações interpessoais. Paulo, quando envia o escravo
Onésimo ao seu senhor Filemom, apela para o amor que nutria o coração de ambos
(Fm 8.9).
Em elaboração
1.3 A tolerância do Amor
O amor tudo
espera e tudo suporta porque é benigno. O agir do Espírito Santo na vida do
cristão dignifica possuir atitudes de bondade e misericórdia (Gl 5.22). Ao
ensinar à igreja de Corinto sobre a liberdade do amor, Paulo nos faz entender
que o crente fiel é tolerante, no sentido de ajudar seu irmão no convívio
dentro da Igreja de Deus (Rm 14.15). O Evangelho nos ensina a ser tolerantes
uns com os outros. O ambiente da Igreja do Senhor deve propiciar a confiança de
ouvir, ponderar, pensar e tolerar (Rm 15.1). Afinal, como o Senhor nos amou e
nos aceitou em Sua casa, devemos fazer o mesmo (1Jo 4.11).
O Amor é o
sistema circulatório do corpo espiritual, permitindo que todos os membros
funcionem de maneira saudável e harmoniosa. É preciso amar honestamente e não
de forma hipócrita: buscando a humildade e não o orgulho (Rm 12:9 e 10). Isso
se refere a tratar os outros como mais importantes do que nós. A vida de
fidelidade e do servir a Cristo normalmente traz a oposição do inimigo e muitas
vezes o desânimo. O conselho é para não permitir que o zelo e a fidelidade
esfriem quando a vida fica difícil. O apostolo orienta a dividir os fardos e as
bênçãos para que todos cresçam e glorifiquem a Deus juntos, e isso só é
possível na base do amor. (WIERSBE, Warren. Comentário Bíblico: Novo
Testamento. Santo André, Geográfica, 2006)
Em elaboração
2. O comportamento do Amor
A fidelidade
de um crente tem a ver com sua postura e seu procedimento em relação à Igreja,
a Deus e às pessoas em geral. O amor dirige o crente a um caminhar de
equilíbrio em todas as áreas da vida. Avaliemos o comportamento do amor:
Em elaboração
2.1 A conduta do Amor
O amor não se
porta com inconveniência. É bondoso, cortês e busca o caminho da retidão e das
boas maneiras. Essa qualidade do amor deve ser o alvo do crente fiel diante da
sublimidade do nome que carrega, ou seja, o de cristão. Davi é um exemplo de
vida conduzida pelo amor de Deus (1Sm 18.5, 14). O amor dirige o crente a
trilhar o caminho da fidelidade em quaisquer circunstâncias, pois, o caminho do
amor é sobremodo excelente e também surpreendente (1Co 12.31b). A conduta do
amor deve ser notada no proceder do crente que anda em fidelidade, tanto na
igreja como fora dela (1Ts 2.10).
Em elaboração
2.2 O desprendimento do Amor
O amor é
altruísta, não busca seus próprios interesses. Nossa vida de fidelidade precisa
estar inserida em Romanos 12.10. A palavra “preferir”, usada por Paulo,
significa abrir caminho, mostrar respeito para com os outros. Esse
comportamento do amor leva o crente à alegria e à benção de doar ao próximo sem
querer nada em troca; foi o que Paulo ensinou aos presbíteros da igreja em
Éfeso (At 20.35). O amor leva o crente a um padrão humilde de vida, sempre
considerando os outros superiores a si mesmo (Fp 2.3). Jesus mostrou grande
desprendimento quando veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e não a Sua (Jo
6.38).
Em elaboração
2.3 A tranquilidade do Amor
O amor não se
irrita ou exaspera porque sempre leva à paz e à serenidade. O crente dominado
por essa virtude, perante as ofensas sempre mostrará a presença do amor, que o
leva a resolver criativamente os conflitos. Os que andam pela trilha do amor
gozam de uma paz diferenciada, que os tornam vencedores e referências para
outros (Sl 119.165). Jesus, no momento da crucificação, mesmo diante da dor,
estava tão sereno que orou por Seus inimigos. Ele é o Mestre e nós, Seus
discípulos, devemos seguir as Suas pisadas (1Pe 2.21-23). José, outro exemplo
de vida, não trilhou o caminho da vingança, mas sim o da reconciliação (Gn
45.1-4). A vida de um crente fiel deve ser norteada pelo princípio do amor,
porque só assim agradaremos a Deus.
A conduta
daquele que é dirigido pelo Espírito Santo reflete nas suas boas maneiras e
respeito aos outros. Não busca vantagens, não é oportunista, não tem como
preocupação primária o lucro pessoal, mas preocupa-se com a vontade de Deus.
Esse é um padrão cristocêntrico. O servo entrega sua vida a Cristo para ser um
servo, a fim de que sua vida e seus talentos sejam usados para glória de Deus e
para o bem estar dos outros. Os olhos do cristão não podem estar voltados para
si mesmo e sim para os outros. (Donald Stamps).
Em elaboração
3. A supremacia e a permanência do Amor
A supremacia e
a permanência do amor são destacadas por Paulo quando conclui o capítulo treze
de 1Coríntios. Vejamos essas qualidades do amor:
Em elaboração
3.1 Em amor, as obras e os serviços são válidos e se aproveitam
Segundo o
apóstolo Paulo, o amor nunca acaba, pois permanece para dar consistência a
todas as obras e serviços praticados pelos homens. Tudo que realizamos no Reino
de Deus deve estar embasado no princípio do amor. Ele também ensina que todas
as nossas ações devem ser sem fingimento e fundamentadas na verdade plena do
amor para serem validadas por Deus (Rm 12.9a). O amor conduz o cristão a
praticar o bem como um estilo de vida. A expressão “apegando-se ao bem” (Rm
12.9b) pode ser entendida pela vitória de toda maldade com o bem (Rm 12.21).
Jesus disse que as práticas da oração, do jejum e das esmolas não seriam
aceitas quando praticadas por qualquer outro motivo que não fosse o amor (Mt
6.1-4). Que Deus nos dê graça de caminharmos nesse caminho excelente.
Em elaboração
3.2 O Amor supre as limitações humanas e temporais
O amor é
indispensável na prática da nossa vida crista porque somos limitados. Por isso,
o conselho de Paulo é estarmos sob a força do amor (1Co 14.1b). Em função das
nossas limitações, todas as nossas ações, quer por palavras ou obras, precisam
passar pelo crivo do amor (1Co 16.14). A igreja da Macedônia, vivenciando o
amor de Deus, superou todos os seus limites na intenção de ajudar outros, mesmo
vivendo em profunda pobreza financeira (1Co 8.1-8). Outro exemplo foi Abraão,
que arriscou a vida superando seus limites, ao enfrentar um grande exército com
318 servos da sua casa para libertar seu sobrinho Ló, levado cativo junto com
os moradores de Sodoma (Gn 14). Quando permitimos ser dirigidos pelo amor, a
nossa capacidade de superação se torna extraordinária, porque nada pode
resistir ao amor, ele é forte como a morte (Ct 6.8).
Em elaboração
3.3 Em amor desenvolvemos nossa maturidade até a plenitude de Cristo
Paulo descreve
duas fases na nossa vida (1Co 13.11): a de criança, o tempo da imaturidade, e a
de adulto, a fase da maturidade. O apóstolo faz uma analogia: a primeira fase
representa a nossa imperfeição, o período em que vivemos aqui na terra, e a
segunda representa a perfeição, quando seremos transformados e conheceremos a
plenitude de Cristo, pois o veremos face a face (v 12; 1Jo 3.2). É o amor que
nos dá a capacidade de crescer em todas as áreas da vida cristã, até
alcançarmos a maturidade espiritual. Enquanto a Igreja espera a vinda do
Senhor, o amor nos conduzirá em crescimento e maturidade espiritual até o dia
da nossa reunião com Ele, quando alcançaremos a plenitude.
O Amor é
superior e permanente, os outros dons são temporais. Paulo deixa claro que
todos findarão, porém, o amor é eterno, proveniente de Deus e “Deus é amor”
(1Jo 4.8). Em função dessa verdade, Paulo queria ensinar aos coríntios e a nós
que todos os dons, serviços e habilidades devem ser exercidos na base do amor,
porque só assim serão aproveitados e terão utilidades no Reino de Deus.
Em elaboração
Conclusão
O amor com
suas qualidades, seu comportamento e a sua permanência é a condição para uma
vida de fidelidade. Esse amor extraordinário foi ensinado e demonstrado por
Jesus Cristo, nosso Senhor e Mestre, o amor de Deus entre os homens. Ele nos
instruiu a caminhar mais uma milha (Mt 5.41), a abençoar quem nos amaldiçoa (Mt
5.44) e perdoar quando somos traídos (Lc 23.34, At 7.60). O maior desafio do
verdadeiro cristão não é só agir como Jesus agia, mas também reagir como Ele
reagia.
Fontes Consultadas:
Bíblia Sagrada ARC/ARA/ACF/TB/BV/RV/NTLH
Fidelidade (revista EBD professor) – Editora Betel – 1º
Trimestre 2015 – Lição 11
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Colabore conosco: escreva seus pontos de vista, opiniões ou críticas. Contamos contigo neste trabalho